Não faz muito tempo que as empresas dependiam apenas de canais físicos para fazer seus produtos chegarem até o consumidor, como as grandes redes de supermercados, por exemplo. Hoje as coisas mudaram, mesmo os fabricantes e distribuidores de produtos físicos estão investindo em canais digitais para atingir a grande massa. No Brasil, 58% da população utiliza o meio digital para fazer compras de produtos e serviços. Segundo o IBGE, deste grupo de consumidores 90% faz uso de dispositivos móveis para definir suas escolhas. Clientes e lojas estão cada vez mais conectados, a experiência de consumo está dinâmica, “silenciosa”, “invisível” e com potencial que oferece resultados bem tangíveis que reverberam positivamente no mercado.
A loja física está presente, tem sua credibilidade, tradição, mas a loja virtual pode “acontecer” em qualquer lugar e vem firmando credibilidade a cada negócio fechado. Se antes da pandemia as pessoas já desejavam mais canais de acesso aos produtos, incluindo formas de pagamento, durante a pandemia este processo foi catalisado. Os canais de vendas agora “acompanham” os consumidores 24 horas e estão preparados para fechar negócio nos mais variados formatos.
Diferente de outra época na qual o “marketing analógico” investia massivamente nos veículos de comunicação para alcançar audiências generalizadas em revistas, TVs, Jornais, rádios, o marketing digital consegue falar diretamente com clientes impactando–os onde quer que eles estejam. Portanto, as empresas param de olhar apenas para os veículos tradicionais e passam a olhar para as pessoas. Agora é possível entregar mensagens personalizadas em escala. Este é o grande ponto da comunicação digital com o cliente, um mesmo produto ou serviço pode impactar perfis de pessoas diferentes de forma individualizada, gerar uma grande rede de audiência formada com grupos específicos e levar volume para tudo isso. Um erro atual é fazer a diferenciação entre marketing digital e analógico. O grande lance deste “jogo comunicacional” é entender o consumidor. As ferramentas mudam, as pessoas passam cada vez mais tempo com o celular na mão conversando, pesquisando, jogando, curtindo séries, filmes. As relações humanas acontecem em vários formatos, inclusive no velho encontro presencial de bar, da novela em família. O interessante é focar nas pessoas, integrar as jornadas, considerar que estes personagens não estão on ou off e entender que apenas “estão”. Depois disso basta proporcionar a melhor experiência possível para eles.